MPT participa de audiência pública que debateu o trabalho para pessoas privadas de liberdade

97% da população carcerária em Mossoró quer ofertas de trabalho

Natal (RN), 10/02/2022 – O Ministério Público do Trabalho no Rio Grande do Norte (MPT-RN) participou, na manhã desta quinta-feira (10), de audiência pública virtual que teve como tema os Avanços e Possibilidades na Oferta de Trabalho no Âmbito da Execução Penal, promovida pelo Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte (TJRN) e pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ). De acordo com dados da Penitenciária Mário Negócio (Mossoró), apresentados na audiência, apenas 6% dos internos estão envolvidos em algum trabalho, apesar da estrutura oferecida pelo complexo; 97% dessa população que não trabalha aceitaria qualquer atividade.

O procurador-geral do Trabalho, José de Lima Ramos Pereira, falou na abertura sobre o trabalho como fator de reconstrução de uma nova vida para os apenados. “Contribuir para essa dignidade é contribuir para que eles retornem efetivamente à sociedade”, pontuou o PGT. Ele explicou que, no âmbito do Ministério Público do Trabalho, um grupo de trabalho foi formado para elaborar estratégias de estímulo ao trabalho na execução penal, com fundamento na Política Nacional de Trabalho no âmbito do Sistema Prisional (PNAT).

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Audiência pública debate alternativas para o trabalho prisional no RN

Evento promovido pelo CNJ, TJRN e MPT-RN acontece nesta quinta-feira (10)

Natal (RN), 09/02/2022  O Ministério Público do Trabalho no Rio Grande do Norte (MPT-RN), em conjunto com o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte (TJRN) e com o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), realiza, nesta quinta-feira (10), audiência pública virtual para discutir as possibilidades na oferta de trabalho no âmbito da execução penal. A audiência contará com a participação do procurador-geral do Trabalho, José de Lima Ramos Pereira.

“Para que haja a ressocialização das pessoas privadas de liberdade em cumprimento de pena e egressas do sistema prisional, o trabalho é um dos instrumentos mais eficazes, pois garante que, ao sair, o egresso possa se afastar da criminalidade e seguir uma vida dentro da lei, sustentando a si e à sua família”, explica Ileana Neiva, subprocuradora Geral do Trabalho, representante do MPT no grupo de trabalho criado para formular o Plano Nacional de Geração de Trabalho e Renda no Sistema Prisional. O plano objetiva a promoção de alternativas de trabalho e renda para a população carcerária, de forma sistemática e de acordo com a legislação brasileira e diretrizes internacionais.

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Operação liberta trabalhadoras domésticas de situação análoga à escravidão em Natal e em Mossoró

Abusos psicológicos, sexuais e ameaças caracterizaram condições degradantes de trabalho

Natal (RN), 1º/02/2022 – Uma ação conjunta resgatou duas trabalhadoras domésticas de condições análogas à escravidão na última quarta-feira (26), no Rio Grande do Norte. A primeira delas foi resgatada em Mossoró, na região Oeste, e a segunda em Natal, capital do estado. As ocorrências foram as primeiras relativas a trabalho doméstico em condições análogas à escravidão em 27 anos de registro de casos dessa natureza pela Subsecretaria de Inspeção do Trabalho (SIT), do Ministério do Trabalho e Previdência.

"Além da exploração irregular do trabalho, ainda observamos, nos dois casos, maus tratos e, no caso de Natal, ameaças, abusos e excesso de poder disciplinar. No caso de Mossoró, houve ainda o assédio sexual, o que torna as condições ainda mais indignas. Psicologicamente eram situações muito degradantes", explica a procuradora Cecília Amália Santos, do Ministério Público do Trabalho (MPT), que participou da operação no Rio Grande do Norte. Integraram a ação fiscal, além da Inspeção do Trabalho e do MPT, a Defensoria Pública da União (DPU) e a Polícia Federal (PF).

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MPT participa de operações conjuntas que resgataram 1.671 pessoas da escravidão em 2021; no RN, foram 54 pessoas nos últimos quatro anos

Instituição recebeu ainda 70% mais denúncias de trabalho escravo contemporâneo no ano passado em comparação a 2020

Natal (RN), 28/01/2022 – 1.937 trabalhadoras e trabalhadores foram resgatados da escravidão contemporânea em 2021, segundo dados da Subsecretaria de Inspeção do Trabalho (SIT) do Ministério do Trabalho e Previdência. O Ministério Público do Trabalho (MPT) esteve presente no resgate de 1.671 pessoas. De acordo os números da SIT, no Rio Grande do Norte, 54 trabalhadores foram resgatados de condições análogas à escravidão entre 2018 e 2021.

O número contabiliza diversas operações realizadas em conjunto com outros órgãos públicos, integrantes do grupo móvel nacional, como Auditoria Fiscal do Trabalho, vinculada ao Ministério do Trabalho e Previdência, Ministério Público Federal, Defensoria Pública da União, Polícia Federal e Polícia Rodoviária Federal.

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MPT-RN aumenta em 318% resolução não judicial de conflitos trabalhistas

Jornada extraordinária em desacordo com a lei foi o tema mais citados nas denúncias recebidas pelo órgão em 2021

Natal (RN), 26/01/2022 – Em 2021, o Ministério Público do Trabalho do Rio Grande do Norte (MPT-RN) obteve aumento na solução não judicial de impasses trabalhistas trazidos ao órgão, com a formalização de 108 termos de ajustamento de conduta. O número é 318% mais elevado que o número de TACs firmado em 2020.

Em todo o ano, o MPT-RN recebeu 538 denúncias, das quais 444 deram origem a inquéritos civis. Nos inquéritos, é apurada a ocorrência da violação trabalhista e o eventual responsável. É por meio dessa investigação que o MPT colhe provas para o ajuizamento de uma ação civil pública.

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